CMOC desenvolveu simulador matemático que estima blends de pilhas de minério
Aplicação da geometalurgia na implantação do simulador geoestatístico possibilita a previsibilidade de produção e alimentação das usinas de fosfatos da companhia
O setor de Desenvolvimento de Processos da CMOC Brasil, liderado pelo geólogo Leonardo Rangel, desenvolveu um simulador matemático de produção e alimentação das pilhas de minério, embasado nos dados geometalúrgicos de formação das mesmas para a criação de um algoritmo capaz de simular com precisão o rendimento das usinas em termos de produção e alimentação diária.
A solução foi desenvolvida por meio de uma equação matemática baseada nas características metalúrgicas e geológicas do minério empilhado. O simulador possibilita verificar o potencial de alimentação e produção das pilhas planejadas com base na configuração de blend previsto. Utilizando o algoritmo, foram realizados testes em 20 pilhas de nióbio e fosfato, com estimativas que atingiram de 93% a 95% de confiabilidade com os resultados alcançados nas usinas de beneficiamento dos minérios, comprovando a eficácia do simulador.
“É um trabalho muito importante, pois nos dá a previsibilidade de atendimento ou não à produção antes mesmo da pilha começar a ser empilhada e com um grau de confiabilidade que nos faz ter a certeza daquilo que estamos planejando e enviando às plantas de beneficiamento”, afirma Rangel, responsável pela equipe criadora do simulador.
Segundo ele, antes do simulador, a previsibilidade de produção ficava restrita a dados metalúrgicos de recuperação em massa gerados a partir de ensaios de bancada. Para cada pilha planejada, é construída uma tabela com a porcentagem tipológica formadora do blend, a partir do mapeamento geológico e amostragem de mina para classificação do tipo de minério. “Mesmo com essas informações, a alimentação das usinas ficava a cargo das condições de processo. Agora, analisando a resposta do simulador frente aos dados de beneficiamento reais, pode-se afirmar que, com o seu uso, aumentou-se a confiabilidade da resposta metalúrgica do blend praticado e, consequentemente, a melhoria da informação da previsibilidade das pilhas. Isso facilita a operação nas usinas e a detecção de possíveis anomalias de processo, quando são encontradas divergências consideráveis entre os dados de produção e alimentação estimados via simulador e o real alcançado para cada pilha formada durante a retomagem da mesma”, avalia.
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