Aura Minerals quer dobrar de tamanho até 2024

A empresa obteve Ebitda de U$ 119 milhões e lucro quase dobrou no 4º trimestre

Por Conexão Mineral 04/03/2021 - 16:03 hs
Foto: Aura Minerals
Aura Minerals quer dobrar de tamanho até 2024
Aura alcançou resultados recordes atingindo produção de 68.964 onças no quarto trimestre de 2020

A Aura Minerals, primeira mineradora de ouro listada na bolsa brasileira, encerrou 2020 com um lucro líquido de U$ 68 milhões (alta de 175% em relação a 2019). No quarto trimestre, o resultado líquido quase dobrou em relação a 2019, para US$ 58milhões. No acumulado do ano, a receita líquida da Aura fechou em U$ 300 milhões, um acréscimo de 30%; e no quarto trimestre bateu recorde crescendo 44% (U$ 100.6 milhões). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Ebitda), somou US$ 119 milhões no ano (dos quais US$ 94 milhões apurados no segundo semestre), um aumento de 122% ante 2019.

A Aura alcançou resultados recordes atingindo produção de 68.964 onças no quarto trimestre de 2020, 19% maior que o terceiro trimestre e um aumento de 29% quando comparado ao mesmo período de 2019. A produção atingiu 204.230 onças de GEO, um aumento de 15% em relação a 2019. “Continuamos avançando com nossos objetivos, cumprindo nossas promessas e gerando valor para os acionistas, seguindo a cultura de mineração em 360º da Aura”, destacou o CEO, Rodrigo Barbosa.

O aumento da produção é resultado de maiores teores de EPP da Mina Ernesto, aumento da capacidade de Aranzazu como parte do ramp-up para 100 mil toneladas por mês e desempenho estável em San Andrés em comparação ao mesmo período de 2019, apesar dos furacões Iota e Eta.

Como resultado de fortes resultados operacionais, a posição da dívida líquida da Aura melhorou significativamente, aumentando de (U$ 18.086) no final do terceiro trimestre de 2020 para U$ (47.693) no final do ano.

“A pandemia nos forçou a nos adaptar e implementar novos procedimentos para evitar a disseminação da Covid-19 em nossas operações e escritórios. Também investimos em ações de apoio às comunidades localizadas em torno de nossas operações, com a implementação de medidas de proteção e protocolos de biossegurança, além da doação de alimentos, medicamentos e suprimentos médicos”, explicou Rodrigo Barbosa. “Mas após as paralisações causadas pela pandemia no primeiro semestre, alcançamos recordes históricos no terceiro e quarto trimestre, produzindo 204.000/Oz ao longo do ano. Nosso sólido plano de crescimento recentemente publicado tem como objetivo mais que dobrar a produção até 2024.”

Em operações e projetos, a companhia teve os seguintes destaques:

• A EPP atingiu seu melhor trimestre desde o startup em 2016, resultado do aumento de minério extraído e teores mais elevados de Ernesto e da mina de Lavrinha, e melhor desempenho da planta.

• San Andres alcançou resultados consistentes em relação aos trimestres anteriores, embora abaixo das expectativas devido às chuvas mais intensas que a média e ao impacto negativo em outubro e novembro das tempestades tropicais Eta e Iota, resultando em produção abaixo do projetado.

• Em Aranzazu, os teores foram menores no quarto trimestre de 2020 devido ao sequenciamento da mina. Por outro lado, durante o mês de dezembro de 2020, foram processadas 89.119 toneladas de minério na planta, um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2019 e de 26% em relação à média dos primeiros 9 meses de 2020 A Aura espera que Aranzazu aumente ainda mais a capacidade durante 2021, atingindo 100.000 toneladas por mês no início do segundo semestre de 2021.

• Em Gold Road, a produção comercial foi declarada em dezembro de 2020. Desenvolvimento da mina e ramp-up da planta executados de acordo com o plano; como a empresa iniciou o ramp-up junto com estudos geológicos para aumentar seu conhecimento da mina, a produção foi menor do que o previsto devido a teor abaixo do esperado em uma área que a empresa não foi capaz de compensar em outras partes da mina.

• Para a Almas, a Aura anunciou em 3 de fevereiro de 2021, a conclusão de um estudo de viabilidade concluído e uma análise detalhada pela equipe de gestão, o Conselho de Administração da Empresa aprovou o desenvolvimento do Projeto Ouro de Almas, uma mina de ouro a céu aberto localizada no estado do Tocantins, Brasil. O Projeto Almas deverá entrar em operação no segundo semestre de 2022, com um investimento total após os impostos estimado em aproximadamente US$ 73 milhões.

• Para o projeto Matupá, a Aura deu continuidade à ampliação do entendimento geológico do potencial de pórfiro e avançou no programa geológico. O estudo de viabilidade está previsto para ser concluído em dezembro de 2021.

No terceiro trimestre, a Aura alcançou a conclusão do IPO no Brasil. No quarto trimestre, concluiu a Oferta Secundária realizada na B3, no Brasil.