Rockwell Automation aposta em soluções com enfoque na digitalização e controle para a indústria de mineração
A 30ª edição do evento Automation Fair será realizada de forma virtual e presencial no George R. Brown Convention Center de Houston, Texas, nos EUA, dos dias 9 a 11 de novembro
De acordo com um novo balanço financeiro divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras que atuam no país, 2021 registrará novos recordes do setor de mineração no Brasil. Entre janeiro e agosto, as empresas faturaram R$ 219,9 bilhões, o que já supera os R$ 209 bilhões de todo o ano passado. Se comparar com os R$ 103,7 bilhões registrados no intervalo entre janeiro e agosto de 2020, a alta é de 112%. Com o mercado aquecido, a Rockwell Automation, maior empresa do mundo dedicada à automação industrial e transformação digital, se consolida no segmento de mineração oferecendo soluções com enfoque na digitalização e controle para a indústria.
De acordo com o Consultor da Indústria de Mineração para o Cone Sul, Ricardo Rivera, o trabalho realizado no setor de mineração deve ser muito bem planejado, uma vez que exige alta precisão para evitar erros que podem ter graves consequências. Rivera afirma que, atualmente, com o auxílio da automação e do controle de processos, a indústria de mineração consegue obter maior confiabilidade em suas operações para torná-las mais eficientes e seguras. “Nos últimos anos, a automação passou por inúmeras mudanças, adaptando-se às necessidades do mercado de mineração. O setor, por sua vez, tem se adequado rapidamente aos vários avanços tecnológicos que surgem. Como outras indústrias pesadas, a mineração está caminhando para um uso mais intensivo de dados”, explica.
Segundo o Business Development Manager da Rockwell Automation, Nelson Chimentão Junior, ao longo dos anos, a indústria de mineração recuperou uma grande quantidade de informações sobre a operação, mas o uso delas tem sido limitado. “No que se refere ao controle de modelagem preditiva (MPC, Model Predictive Control), as técnicas de aprendizado de máquina são cada vez mais utilizadas para obter informações e atualizar o modelo matemático por meio dos dados disponíveis. Em seguida, essas informações são usadas pelo MPC para controlar e tornar os processos mais eficientes para atingir rapidamente as metas de valores que foram definidas”, ressalta.
Para Rivera, o futuro promissor para a mineração está centrado na automação, pois acompanha as diversas ações que as empresas realizam para otimizar a produtividade e aumentar a segurança de seus colaboradores. “É necessário contextualizar esses dados, razão pela qual a Rockwell Automation se propõe a agrupá-los utilizando uma metodologia baseada em objetos, de modo que as variáveis sejam consideradas propriedades do objeto em questão”, destaca.
Junior ressalta ainda que os fluxos de trabalho também são considerados para permitir a integração com terceiros, como ordens de trabalho por e-mail, aprovações manuais, além de fluxos de dados, de fontes ou serviços externos até a estrutura analítica para Machine Learning e controle em malha fechada.
Desafios do mercado de mineração
Rivera ressalta que as empresas de mineração estão interessadas em entender e testar novas tecnologias em seus processos, mas ainda é preciso realizar implantações em massa para aproveitar as oportunidades de melhoria que a tecnologia oferece. “Acredito que o mais importante é analisar a adoção das novas tecnologias de automação e controle disponíveis. Isso deve ser feito em conversas estratégicas dentro das empresas, por meio de processos de vigilância tecnológica, para que elas fiquem informadas sobre os últimos avanços na indústria. Além disso, é fundamental possuir os recursos para validar esses avanços internamente, identificar e quantificar os benefícios de maneira oportuna e aproveitar para adaptar alguns processos para melhorar a implementação”, diz.
O executivo reforça ainda que algumas das funções que permitem a aplicação de processos automatizados são o controle remoto de máquinas, o uso de vários dispositivos conectados ao mesmo tempo e a conectividade sem fio. “Atualmente, as empresas de mineração em todo o mundo buscam digitalizar e automatizar suas operações para aumentar a produtividade, reduzindo os riscos e os custos”, adiciona Rivera.
Meio ambiente no contexto de mineração
De acordo com estudos, a adoção de tecnologias digitais tem um impacto potencial entre 9% e 23% na melhoria da produtividade. Nesse contexto, em termos de eficiência energética, operações mais eficientes e precisas reduzirão a pegada ecológica da operação. A redução do uso de combustíveis fósseis, por sua vez, diminuirá a emissão de gases com efeito de estufa.
Já em relação à segurança, Junior explica que, os avanços na automação e nas operações remotas, causarão uma reviravolta no tipo e severidade de riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos, melhorando significativamente a saúde e o bem-estar desses profissionais, ao mesmo tempo em que reduzem o impacto financeiro dos eventos relacionados à segurança. “As empresas de mineração têm o desafio de atender aos mais altos padrões de sustentabilidade e produtividade. Por isso, é essencial compreender o desenvolvimento, a gestão e o impacto das tecnologias de automação utilizadas. Com esses resultados, é possível obter um entendimento melhor, a fim de reduzir os custos operacionais, diminuir os riscos, aumentar a receita, entre outros objetivos”, finaliza.
Durante a 30ª edição do evento anual Automation Fair, que será realizada de forma virtual e presencial no George R. Brown Convention Center de Houston, Texas, nos EUA, dos dias 9 a 11 de novembro de 2021, haverá um fórum especial sobre a indústria de metais, mineração e cimento, com o intuito de discutir os desafios e as soluções viáveis para atingir metas ambiciosas.
No total, a Automation Fair contará com 10 fóruns industriais, com painéis de discussão de líderes especialistas do setor, incluindo automotivo e de pneus; química; descarbonização e energias emergentes; alimentos e bebidas; ciências biológicas; metais, mineração e cimento; OEM; petróleo e gás; potência e energia, além de águas residuais. Para mais informações: clique aqui.
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