North Star recebe Licença de Operação (LO) e tem previsão para começar a operar em 2022
Refinaria de metais preciosos tem potencial para beneficiar até 25% de toda a produção anual de ouro do Brasil
Com Licença de Operação (LO), emitida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) de Belém, a primeira refinaria de metais preciosos da região Norte, a North Star S.A., tem previsão de iniciar suas atividades em 2022. O anúncio foi feito durante visita (em 11/5) do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSL-PA), e do secretário do Meio Ambiente da capital paraense, Sérgio Brazão e Silva, às obras da sede da empresa.
A North Star está investindo mais de R$50 milhões com a estrutura e o treinamento do quadro de funcionários, formado majoritariamente por paraenses. Os executivos do governo foram acompanhados pelo presidente da North Star, Maurício Gaioti e por representantes do Grupo SMC e da Agência Nacional de Mineração. O prefeito de Belém parabenizou a empresa por planejar um empreendimento para além da refinação do ouro, sobretudo por demonstrar preocupação com a questão socioambiental da cidade.
“Demos mais um passo importantíssimo, com a Licença e com o prestígio da visita das autoridades, que trouxeram o reconhecimento público do marco que estamos tentando estabelecer na cadeia, girando as engrenagens em prol das questões ambientais e dos seres humanos envolvidos em todo o processo. Do compromisso com a sustentabilidade, e antes disso com a legalidade, além de todo o investimento feito em tecnologia e expertise para garantir competitividade no mercado”, complementou Maurício Gaioti.
Com o início das operações de refino, que vai atingir quase 24 toneladas por ano. A North Star tem capacidade inicial para beneficiar até 25% de toda a produção anual de ouro do Brasil, que é de 90 toneladas, logo no início do empreendimento.
"São milhares de empregos como um todo, transporte, refino, segurança. Toda uma cadeia que se beneficia com o desenvolvimento do setor", disse Gaioti. A extração do minério movimenta, anualmente, R$14,2 bilhões por ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), e o País ainda tem uma larga reserva, com muitos projetos em andamento.
A empresa pretende ser a ponta da lança do movimento de verticalização da cadeia produtiva do ouro principalmente na região norte, onde o Brasil passará a não ser mais só um exportador da commodity bruta, mas também exportador de ouro refinado em padrão internacionalmente aceito, ou seja,24k (99,99% de pureza). A refinaria faz parte deste processo, pois também gera empregos, capacitação, consome produtos e insumos fabricados no Brasil, ou seja, é uma atividade com grande geração econômica e de divisas para o país que, posteriormente, são distribuídas através da compra de produtos e serviços necessários para o processo produtivo.
A North Star importou equipamentos de refino e fundição italianos, no qual todos os gases estão fechados em um processo automatizado de exaustão que vai para um lavador de gases para neutralização de todos os ácidos ali presentes.
“Antes de iniciarmos o funcionamento, já estamos trabalhando totalmente alinhados e comprometidos com os pilares do ESG. E não olhamos apenas para a preocupação com o Meio Ambiente, que é óbvia. Vamos propor processos sustentáveis e saudáveis em todas as etapas em que estamos envolvidos no refino de ouro. E isso vai da seleção dos nossos clientes, passando pela preferência por contratação de mão de obra local. Investindo, por exemplo, na capacitação dessas pessoas, e indo até os investimentos sociais para comunidades carentes em regiões de mineração ou próximas à refinaria. Além disso, temos também a intenção de incentivar, financiar e cobrar junto aos nossos clientes, políticas de boas práticas ambientais.”, explicou Mauricio Gaioti, presidente da North Star.
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