Metso Outotec vende primeiro sistema Megaliner para moinho SAG em mineradora brasileira

Solução simplifica e acelera a troca de revestimentos de moinhos em até 50% e aumenta a segurança da operação ao eliminar o trabalho manual interno dentro do equipamento

Por Conexão Mineral 04/07/2022 - 15:23 hs
Foto: Metso Outotec
Metso Outotec vende primeiro sistema Megaliner para moinho SAG em mineradora brasileira
Substituição mecanizada deve reduzir o tempo de troca do revestimento de 48h para cerca de 24h

A Metso Outotec vendeu seu primeiro sistema Megaliner para uma grande mineradora brasileira. A negociação começou em 2018 e envolveu uma série de testes e visitas técnicas, inclusive ao Chile. A venda também coincide com a troca dos revestimentos atuais, cuja duração média é dois anos, mas será aumentada para três anos com o novo revestimento. A aplicação da tecnologia vai ocorrer em um dos dois moinhos SAG na planta de processamento no Norte do Brasil, mas poderá ser estendida também para o outro equipamento. 

Como se trata de um sistema, o Megaliner envolve a adoção de um revestimento híbrido de borracha e metal, comercialmente conhecido como Poly-Met, que é mais leve que os convencionais, cuja fixação é feita pelo lado externo do moinho, eliminando a presença de técnico no interior do equipamento. Além de mecanizada, a troca é mais rápida porque as placas também são maiores, possuindo o dobro do tamanho das peças atuais. Todo o processo de montagem é feito pelo operador do manipulador de placas que posiciona a peça que será montada. Existem sistemas de guias para que não seja necessário a presença de outro técnico ao lado da peça durante este procedimento. O operador pode fazer tudo sozinho.

“Fizemos vários estudos com o cliente para definir um novo perfil híbrido, em substituição às placas metálicas que revestiam o moinho. Outra mudança foi o chamado ângulo de ataque, que passou de 20 graus para 25 graus”, explica Antônio Lisboa, gerente de Contas da Metso Outotec que atende diretamente a mineradora. De acordo com ele, o processo foi longo até mesmo porque as trocas são realizadas em ciclos de quatro anos. “O uso de novos perfis foi simulado de várias formas, com uso dos recursos da Metso Outotec no Brasil e no Chile, onde está a fábrica dos revestimentos”, completa. 

Além da melhoria operacional esperada, o novo sistema Megaliner Poly-Met amplia a segurança do processo, ao eliminar a necessidade de presença de técnicos no interior do moinho em atividades de troca e manutenção das placas. Adicionalmente ao sistema mecanizado e monitorado externamente, o sistema Megaliner em Poly-Met envolve a adoção de placas maiores – que já combinam o perfil alto e baixo do revestimento. Com isso, o número de peças que recobrem o moinho foi reduzido de 162 placas (sistema convencional) para 54 placas (pois além de agrupar os perfis alto e baixo, foi reduzido de 3 para 2 anéis). 

Segundo Lisboa, a troca de revestimentos está prevista para acontecer em novembro de 2022 e deve agregar vários ganhos. Entre eles está a vida útil estimada, que passa de dois para mais de três anos. O próprio processo de substituição mecanizado deve reduzir o tempo de troca de 48 horas para aproximadamente 24 horas. A quantidade de peças foi diminuída em 67%, ao mesmo tempo que as novas placas Poly-Met exigem 33% a menos de fixações.

“O contrato celebra um histórico longo de parceria com o cliente e comprova a assertividade do trabalho da Metso Outotec em envolver engenharia, fabricação e suporte em todas as fases do processo”, explica o gerente de Contas. Ele antecipa que a venda também servirá como vitrine da solução para outras mineradoras no Brasil e deve, inclusive, virar paper em congresso internacional da área de mineração.