Mulheres são destaque na coordenação de contratos de serviços da Metso Outotec
Diversidade da equipe que atende Mineração Morro do Ipê é um dos diferenciais do contrato de ciclo de vida (LCS)
Apenas 15% da força de trabalho na mineração brasileira é feminina, segundo 1º Relatório de Progresso do Plano de Ação de Avanço das Mulheres na Indústria de Mineração, realizado pelo movimento Women In Mining Brasil (WIMBrasil). A meta do setor é chegar a 34% em 2030 e esse objetivo também faz parte das ações da Metso Outotec.
Um dos exemplos são os contratos de serviços por desempenho LCS (LCS, da sigla em inglês para Life Cycle Service), como os firmados com a Mineração Morro do Ipê, e com a Vale Brumadinho, ambos em Minas Gerais.
Operacional desde o segundo semestre de 2022, o contrato da Mineração Morro do Ipê mobiliza uma equipe de cerca de 20 profissionais em quatro turnos diários para atender a complementação da britagem primária e do peneiramento na planta da mineradora de ferro. Hoje, a profissional da área de segurança do trabalho, Franciely Santos, e a especialista em planejamento de manutenção, Jessica Gomes fazem parte do grupo. Ambas são experientes em campo, nesse tipo de contrato, onde a Metso Outotec assume a operação e a manutenção dos equipamentos.
Hoje, o nível de disponibilidade da britagem contratada é de 95%, acima da média. Esse índice de produção é atendido, sem influenciar nas medidas de segurança, que são seguidos à risca. O contrato foi renovado em 2022, sem nenhum incidente registrado. Parte desse resultado positivo também acontece pelo olhar feminino das duas profissionais alocadas no projeto, ambas com experiência em contratos anteriores de LCS em grandes mineradoras no Brasil.
“Nós iniciamos com um contrato de seis meses para a britagem, que foi renovado e teve o aditivo para uma etapa de peneiramento”, explica Franciely. Ela destaca que há dois equipamentos adotados nos contratos, ambos móveis e da linha Lokotrack. Em ambos, o foco em treinamento de mão de obra garante a operação segura. Um dos papéis de Franciely é justamente observar os protocolos do cliente e da Metso Outotec.
“Além do treinamento e de conversas sobre segurança diárias, nós procuramos observar o humor dos profissionais que trabalham no projeto”, adianta. A inteligência emocional, mais praticada pelas profissionais femininas, também contribui para criar um ambiente melhor de trabalho. “Quem está em campo, operando máquinas, não pode estar desfocado por problemas alheios. Os homens, em geral, têm mais dificuldade de reconhecer quando estão afetados dessa forma”, complementa.
Jéssica Gomes, planejadora na mina da Morro do Ipê é responsável pelo planejamento da manutenção e controle de dados dos dois equipamentos alocados no contrato. Pela sua função, ela tem contato direto e diário com operadores e técnicos mecânicos e eletricistas, além da interface direta com o cliente. Da mesma forma que sua colega de trabalho, Jessica detém um perfil multitarefa, o que ajuda no controle de atividades afins, inclusive controle de peças e insumos usados na britagem e peneiramento.
Com experiência em dois contratos de LCS anteriores, Jessica acredita na ocupação de espaço na mineração. Ela ressalta que é possível ter mulheres na mineração e não somente focadas em áreas administrativas. A flexibilidade feminina em contratos de campo também é positiva.
“Dentre o planejamento do dia, sempre nos adequamos à necessidade do cliente. As mulheres são muito boas em situações como essa, porque justamente estão pensando em várias frentes ao mesmo tempo” completa.
Além da disponibilidade de 95% da britagem, o contrato da Metso Outotec tem métricas de segurança comprovadas pelo cliente, que aplica uma auditoria trimestral para avaliar os procedimentos. Na primeira avaliação, a equipe obteve uma nota de 91,2. Três meses depois, o índice subiu para 95.
“Estamos trabalhando com critérios acima da expectativa do cliente e isso vem da longa experiência em contratos de LCS por qual passamos”, detalha. O ponto de vista de Franciely é confirmado pela coordenadora de Segurança e Meio Ambiente da Metso Outotec, Ana Raposo, outra profissional feminina presente nos contratos de LCS.
Segundo ela, a Metso Outotec alcançou 1.311 dias sem acidentes com afastamentos nos dez contratos atualmente em operação e que envolvem 325 colaboradores, dos quais 25 são mulheres.
“Apesar de nossas atividades serem desenvolvidas na mineração, sendo classificada como grau de risco 4, o maior grau de risco segundo a legislação, temos alcançado bons resultados, sendo 50% do time de segurança formado por mulheres”, argumenta Ana. “Ser mulher na engenharia é uma honra e um grande desafio, porque temos que estar sempre qualificadas a provar o nosso valor e ainda abrir espaço para as próximas que virão”, finaliza.
Ana Raposo, coordenadora de Segurança e Meio Ambiente da Metso Outotec (foto: MO)
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