SGB lança Informe de Recursos Minerais sobre Urânio

Objetivo é auxiliar na priorização de áreas para pesquisa mineral e ampliar o conhecimento sobre o tema

Por Conexão Mineral 03/07/2024 - 20:32 hs
Foto: SGB
SGB lança Informe de Recursos Minerais sobre Urânio
Estudo sobre favorabilidade para depósitos de urânio visa estimular a indústria mineral brasileira

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançou o "Informe de Recursos Minerais: Avaliação da Favorabilidade para Depósitos de Urânio no Brasil". Nesse produto, o território nacional foi dividido em regiões geológicas, denominadas "geocompartimentos".

Foram detalhadas as ocorrências conhecidas desse bem mineral, e os 15 tipos de depósitos conhecidos foram agrupados em 6 conjuntos de sistemas minerais. Com base no conhecimento de especialistas, foram elencados os principais elementos associados aos processos mineralizantes em termos de fonte, transporte e deposição do urânio para cada região geológica e grupo de sistemas.

Os geocompartimentos foram classificados de acordo com seu potencial ou favorabilidade para hospedar mineralizações de urânio. O mapa destaca áreas com alta e muito alta favorabilidade, onde ocorrem dois ou mais sistemas minerais de urânio, como observado no depósito de Itataia, em Santa Quitéria (CE).

O propósito é auxiliar na priorização de áreas para pesquisa mineral, reduzindo o risco exploratório, e ainda ampliar o conhecimento sobre o tema, subsidiando decisões do poder público e fomentando a indústria mineral brasileira.

Além disso, o produto sintetiza o conhecimento atual e propõe as bases para um novo ciclo de avaliação dos recursos minerais de urânio no país. As áreas mais favoráveis serão estudadas mais detalhadamente para identificar novos locais de prospecção, propor critérios para diferentes distritos e províncias minerais e estimar recursos não descobertos em áreas com mais informações.

A energia nuclear possui uma das menores taxas de emissão de gás carbônico (CO2) dentre as fontes de energia conhecidas. As metas para redução de emissão de gases de efeito estufa estabelecidas nos recentes acordos internacionais têm pressionado os países a retomarem seus programas nucleares com o objetivo de tornar mais limpas suas matrizes energéticas. Isso fez com que o preço do urânio no mercado internacional tivesse considerável elevação nos últimos anos.