Nexa realiza em Vazante a primeira detonação wireless em mina subterrânea
A Nexa investiu em um sistema pioneiro no Brasil: a detonação via wireless, totalmente sem cabos. A mineradora é a primeira a utilizar a novidade no País, garantindo uma operação mais segura e produtiva. A WebGen™ foi a tecnologia escolhida para ser testada na mina subterrânea da unidade Vazante, localizada em Minas Gerais. O sistema de iniciação sem fio, criado especialmente para o setor pela empresa internacional Orica, já foi utilizado com sucesso em outros países, como Austrália, Canadá, Chile e Suécia.
O uso de recursos de última geração aumenta a produtividade, automatiza processos, agrega valor, gerencia riscos de forma eficaz, reduz custos e uma série de outros benefícios. Segundo o gerente-geral da Nexa Vazante, Fernando Gurgel, a detonação wireless é um marco para o setor e para as operações da empresa. “Somos pioneiros ao trabalhar com essa tecnologia. Estamos um passo à frente na transformação do futuro da mineração, trabalhando com inteligência, responsabilidade, comprometimento, segurança e gerenciamento adequado dos riscos”, pontua.
A novidade traz uma gama de possibilidades e oportunidades para o mundo da mineração. Mateus Gomes Ribeiro, coordenador de Lavra da Nexa Vazante, destaca que essa é mais uma etapa do processo de evolução da tecnologia de detonação. “O método de lavra torna-se mais flexível, traz possibilidades de recuperar massas que não seriam possíveis com os meios tradicionais, permite deixar pilares e retirá-los posteriormente com segurança e evita a exposição dos empregados em locais críticos, pois o acionamento é realizado remotamente”, ressalta.
Detonação Wireless
Diferentemente dos sistemas tradicionais de detonação com cabo, no qual os furos para retirar o minério são ligados por fiação, a tecnologia wireless em minas subterrâneas utiliza sinais de frequência ultrabaixa, que comunicam através de rochas, água e ar. Isso permite uma operação mais segura e produtiva, já que a iniciação e o disparo são feitos a partir de um ponto de controle estável, geralmente na superfície.
A tecnologia possui vários níveis de proteção, o que proporciona, segundo a empresa, maior segurança do empregado em relação a exposição e confiabilidade aos operadores, que podem revisar o sistema antes do disparo, diminuindo erros no processo e otimizando os desmontes. As fragmentações são mais uniformes, o que significa ganhos em recurso mineral, visto que o minério é retirado de locais onde seria mais complicado com o método tradicional. Além disso, garante maior recuperação dos pilares da mina.
“A princípio vamos utilizá-la em casos estratégicos, em locais com acesso mais crítico. Vamos estudar a possibilidade de adotar esse tipo de tecnologia em todos os nossos processos que envolvem detonação. Consideramos esse investimento fundamental, pois torna nossas ações cada vez mais inovadoras, inteligentes, sustentáveis e seguras, tanto para os empregados como para o meio ambiente”, pondera Gurgel.
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