Por Sergio Fukushima*
Projetadas para eliminar o risco de a câmera gerar uma faísca que pode causar uma explosão em ambientes de risco, as câmeras à prova de explosão contam com este benefício, mas que não descreve completamente todos os recursos que os equipamentos agregam ao projeto. A segurança continua na linha de frente, mas a alta qualidade das câmeras e, cada vez mais, a capacidade de integrar outros sensores, soma oportunidades para impulsionar muitos aspectos da eficiência operacional.
É óbvio que as câmeras são essenciais em ambientes onde há um risco genuíno de explosão. Contudo, o que pode ser menos óbvio é a frequência com que isso acontece e em quantos setores da indústria, tanto para infraestrutura crítica quanto para outras operações industriais, os equipamentos colaboram.
Risco de explosão: de petróleo e gás a fazendas e fábricas
As explosões são um risco onde materiais combustíveis ou inflamáveis encontram uma fonte de ignição, na presença de ar. Gases e vapores, por exemplo, são altamente inflamáveis e muito comuns em diferentes ambientes industriais, praticamente em qualquer um que faça uso de produtos químicos ou líquidos inflamáveis. Assim como a extração de gás natural, sendo também um subproduto do processo de exploração e processamento de petróleo, comumente usado como um aditivo em setores da indústria e de manufatura.
Contudo, as explosões também são um risco em ambientes onde há quantidades significativas de poeira, fibras ou partículas suspensas no ar. Sejam ingredientes para alimentos, como farinha e açúcar, material usado na agricultura, como fertilizantes, poeira no pós-processamento da madeira ou fibras na produção de têxteis, o risco de incêndio ou explosão catastrófica de poeira está sempre presente. Já as fontes potenciais de ignição são igualmente variadas: faíscas elétricas, descargas eletrostáticas, altas temperaturas de superfície, ondas de choque e até relâmpagos.
Câmeras protegidas contra explosão: mitigando riscos e muito mais
Os riscos de explosão em todos são bem conhecidos, e, por esse motivo, existem regulamentos rigorosos em relação às instalações industriais e fabris. Essas legislações detalham diferentes zonas dentro das quais apenas determinados equipamentos são certificados para serem utilizados, bem como os requisitos para os equipamentos em si, incluindo câmeras de vigilância. De forma simples, as câmeras à prova de explosão são colocadas em um invólucro resistente, geralmente feito de aço inoxidável ou alumínio, que elimina o risco de que qualquer possível faísca cause um acidente.
Entretanto, hoje, as câmeras de vídeo em rede são muito mais do que imagens ao vivo. Com o uso crescente de aprendizado profundo, os equipamentos detectam padrões, tendências e irregularidades que trazem benefícios adicionais em saúde e segurança e eficiência operacional. A análise pode apontar se aqueles que trabalham em áreas perigosas estão usando as roupas de proteção apropriadas, enquanto a análise de fumaça e fogo oferece a possibilidade de detectar princípios de incêndio.
As imagens podem ser aprimoradas com integração de outros sensores, como de calor e térmicos, para detectar a temperatura do maquinário e assinalar se estão variando fora dos limites seguros e assim reduzir ou desligar a energia automaticamente. Já os sensores de gás podem detectar vazamentos e alertar a equipe, e se as câmeras perceberem pessoas na área afetada, enviar mensagens de evacuação pré-gravadas ou em tempo real por alto-falantes IP. Da mesma forma, a presença de indivíduos em áreas onde, por exemplo, robôs industriais estão operando, podem ser o gatilho para soar um alarme ou desligar o maquinário.
Essa combinação de dados das câmeras de vídeo – tanto visuais quanto de metadados – junto com os de outros sensores, podem ser coletados e analisados no data center e, ao longo do tempo, consolidar insights que resultarão em eficiência operacional, melhorias de segurança e manutenção preditiva.
O futuro das câmeras à prova de explosão
Dado que o nível de segurança em áreas de infraestrutura crítica é exponencialmente maior do que em qualquer outro cenário, é irônico que muitas organizações se concentrem principalmente nas características do invólucro que protege a câmera do que no equipamento em si e nos recursos que são possíveis com a tecnologia de vídeo em rede disponível no mercado atualmente. Investir em câmeras de vigilância de médio padrão pode resultar em economia de curto prazo, mas reduz drasticamente o nível de detalhes capturados.
À medida que os recursos “além do vídeo” das câmeras protegidas contra explosões multiplicam. Além da segurança, a solução pode melhorar os níveis de eficiência operacional e representar um retorno sobre o investimento acima do esperado.
(*) Sergio Fukushima, Business Development Manager da Axis Communications
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