Manutenção bianual de britador giratório de 50 anos é destaque em mineradora brasileira
Durante a intervenção, Metso identificou etapas de modernização do equipamento para a próxima parada
Os britadores com várias décadas de operação são uma realidade em mineradoras brasileiras. Sem modernização, os equipamentos podem apresentar problemas que demoram para serem identificados no caso de paradas não-programadas.
Durante uma manutenção programada nesse ano, a Metso mobilizou mais de 60 profissionais em campo e identificou falhas potenciais e que necessitam de correção em uma mineradora brasileira. O trabalho também reforçou a importância da modernização do equipamento.
“Identificamos componentes que precisam ter uma maior adequação na próxima parada", explica Neires Pinheiro, coordenadora de serviços de campo da Metso.
De acordo com ela, em atividades como essa, a empresa produz um relatório detalhado pós-manutenção, com destaque para pontos críticos que podem ser um complicador na montagem do britador na próxima parada programada.
Em função do tipo de minério processado, a mineradora realiza a manutenção relevante a cada dois anos na unidade atendida. Ela possui, no entanto, plantas onde a parada programada acontece a cada 45 dias devido ao tipo de minério processado.
“Nas outras operações, os britadores são mais novos e possuem automação”, resume Neires. No equipamento que passou pela manutenção recente, a operação manual ainda predomina.
Modernização envolve automação
Segundo a especialista, a orientação técnica de modernização de britadores começa com a instalação de sensores em áreas críticas. A meta é ter um controle maior sobre o desempenho da máquina.
O monitoramento envolve itens como controle de nível de óleo e temperatura, além da medição de vazão do óleo que circula nas máquinas. Ou seja, em caso de falhas os técnicos identificam rapidamente a causa raiz e podem reduzir o tempo de interrupção.
A automatização é feita com instalação de um sistema de controle a partir de instrumentos de aferição das funções vitais da máquina.
Sem sensoriamento, a manutenção torna-se mais demorada em caso de paradas não-programadas. Um problema como a queima de bucha, por exemplo, pode levar tempo para ser identificado.
É importante ressaltar que a modernização permite que, mesmo equipamentos antigos, possam ser monitorados em tempo real a partir da instalação de sensores, que alimentam a automação.
Além de afetar a produção da planta, a parada não-programada de manutenção – devido ao sensoriamento restrito ou inexistente - é sensível em termos de segurança. A razão é a movimentação de peças que podem pesar dezenas de toneladas.
Equipe de serviços de campo
Com trajetória de 21 anos somente na área de mineração, Neires faz parte da equipe de serviços de campo da Metso. Essa unidade de especialistas em manutenção participa de várias paradas programadas em todo o país.
Sendo mulher numa área predominantemente masculina, Neires lembra que sua experiência técnica foi o passaporte para enfrentar preconceitos na profissão.
“Depois de duas grandes manutenções, fui promovida à coordenação de serviços, com dez meses de atuação”, explica a especialista. Além da bagagem em mineração, ela teve experiências em manutenção nos mercados de óleo e gás e na produção de alumínio.
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